Carneirão

Outro dia não sei quem estava me dizendo sobre o carnaval fora de época de Ribeirão. Disse-me inclusive o nome do evento; não me lembro, porém. Seja como for, pra mim o troço obviamente deveria se chamar Carneirão.

Falando nisso, quando for coroado imperador do Brasil (meu finado avô português certa feita me disse que éramos parentes distantes de Dão Pedro), meu primeiro ato como monarca será proibir o futebol e o carnaval em todo território nacional. É possível, entretanto, que por conta disso role um plot para me matar. Aí serei um Júlio César tupinambá na mão dum bando de Brutus tapuias. Não me envergonharei de meu sábio ato quando chegar ao além, isso lhes garanto.

dO Teatro Mágico

Há 1 mês, na sexta-feira do início da primavera, rolou no Espaço Cultural do campus da USP de Ribeirão Preto, uma apresentação gratuita para a abertura da Semana de Arte e Cultura da Universidade. O Teatro Mágico foi/é show. E agora e pelas próximas semanas, quem estiver ali pela Biblioteca Central, pela FEA, naquele PAB, posto de atendimento bancário da empresa espanhola opusdeílica "privatarialeira" ex-Banespa; ora, se for afim e/ou à toa durante parte do dia e a fim de passeio, vá lá na casa 4 da Pedreira de Freitas, a sede das Atividades Culturais da PCARP-USP. Vá saber sobre os cursos gratuitos - ou seja, não venha com a falácia de que é lugar elitista - oferecidos para a comunidade ribeirãopretana: tem canto, tem dança, tem música, tem pintura, tem teatro... e tem fotografia. Pois, tá lá então, a exposição fotográfica O Teatro Mágico, com imagens das duas apresentações que já fizeram, grátis, na Capela, realização do professor Carlos Arantes, o Chinca.

mais fotos-bônus que não foram ampliadas pra exposição aqui

Cenzinho

É, 1 século. De 1906 pra cá, hoje, foram 36 mil e 524 dias desde que o 14 bis voou. A cidade de Dumont e a região de Riber estão orgulhosos pois, o criador da máquina de voar, do relógio de pulso, dos degraus anti-caneladas e de outras engenhocas revolucionárias para a época, por aqui passou uns bons anos antes deste advento centenário.
Mas tudo isto parece ultrapassado e anacrônico, mesmo que os aviões do terceiro milênio ainda teimem em cair, invariavelmente devido às nossas falhas. E, senão por certas comemorações, com alguma programação mais grandiosa e feitos como o de André Ristum, a data fica só em pequenas notas como esta. Então, que fique constado: o Ribeiraopontoorg deixa lembranças, já que estas terras devem ter contribuído para a história de Santos, o Alberto. Não sei se da mesma forma que Bauru contribuiu para Pelé, o Edson, mas eniuei, queria lembrar mesmo, bytheway, que por conta de uma dessas conversas de churrasco, sobre cápsulas do tempo, sobre pais e sobre o Belchior do foi com medo de avião, que também o 14 bis - é, todas essas velharias - já tocaram lá
no Bar do Val, entre outras atrações (é procurar lá em shows e eventos) e taí, envelhecemos e dá uma sensação de que cada vez mais as baladas e o contar dos anos se dará em reuniões como as que acontecem por lá. Vai ser difícil nos vermos como cincoentões. Se é que se vai enxergar algo até lá. Veremos... com tanta mudança ocorrendo... com tanta tecnologia e tempo correndo. Só não sei se chegamos aos 100.

Night em ribas

Não me perguntem onde fiz esta foto. Sei que foi numa festa, ontem (sábado), aparentemente num evento para lançar o quinto número da zine ARP (Arte Ribeirao Preto). Acho que foi num pico lá na Amador Bueno. Mas realmente não sei dizer com exatidão porque, digamos, não estava no perfeito controle de minhas faculdades mentais, já que tive longo dia de canelinhas e caiporas de churrasco. Mas adorei a foto, então ei-la (clicando na imagem, rola a versão em tamanho grande).

Ah, sim. Falando nisso, qual não foi a surpresa do Laudo, co-autor deste blogue, ao ver que fotos suas estavam expostas na festa-happening da ARP. Coisa de doido.

Recapitulando

Pois é, aproveito o post imediatamente anterior pra ilustrá-lo. A legenda poderia ser algo como: 1 veículo para cada 2 cidadãos... e 3mil pombos. Será que a idéia do repelente à base de uva vai vingar? Tomara, embora as pessoas costumem repugnar só a sujeira dos outros, esquecendo todo o lixo ambiental que seus carros novos vão provocar. Mas, na realidade, essa foto só entrou aqui para voltá-los àquele lance do desafio. Podia ter ilustrado a menção feita dias atrás no ribeirão.org ao Dia Mundial dos Animais ou, no caso, o santo relacionado. Só que aí é promoção muito na lambuja para a tal gráfica. Ou não, vai que proprietários cujos seus veículos são manchados pelas ""terríveis"" pombas associam a São Francisco com a desagradável titica saída daquelas cloacas. Enfim, quem acertou o primeiro foto-desafio foi prata da casa e além do mais era um lugar manjado, como podem atestar agora na imagem acima.
Ainda não se manifestaram quanto à charada proposta na seqüência, pecadores abomináveis! Então, segue abaixo a última dica, como é, ninguém por aqui passa por este lugar religiosamente?


de carro ou a pé, é preciso cada vez mais atenção por onde se anda

Crosstown traffic

A Folha de hoje traz dois dados interessantes (tristes):

1 - Por hora, Ribeirão coloca nas ruas dois novos veículos (motos e/ou carros).
2 - A cidade já tem um veículo para cada dois habitantes.

Frente a isso, pergunto: quando a moçada vai se ligar que não dá mais pra fazer conversão à esquerda em grandes avenidas e que, sim, é preciso mais semáforos nos cruzamentos e rotatórias da cidade?

RP cresceu e ninguém viu.

Me dá um dinheiro aí

Diz-me o jornal A Cidade que o chamado setor sucroalcooleiro está contentinho, todo pimpolhudo, e deve injetar 1,7 bi de reais na economia local. Eu, por ora, apenas varro a neve negra de cana sobre o chão do meu barraco. Empresto um carro flex, é vero, mas teimo em embebedá-lo exclusivamente com gasolina. De tempos em tempos --e no máximo-- bebo pinga. No café, só adoçante. A verdade, pois, é que ainda não beneficiei nadica da fúria alcooleira e desses quase dois bi aí. O gato comeu e ninguém viu, pinga nimim. Snif, snif.

Feriadin'um butiquim rapidin

E aí, ficou por Riber ou ainda chegando pra essas bandas? Vai a dica



é um "templo", afinal, celebra-se uma data religiosa hoje, não? E então, ficou fácil agora ou precisa mais? Take it easy children.

Debate em RP não foi ao vivo

Ontem à noite, a TV Clube --retransmissora da Rede Bandeirantes-- não exibiu ao vivo para a cidade de Ribeirão o debate entre os candidatos à presidência. Para encaixar comerciais locais no final dos intervalos, a emissora entrava com delay de alguns minutos em relação ao que a Bandeirantes transmitia desde o Morumbi, diferença que foi aumentando a cada break comercial.

Isso, claro, não é muito simpático da parte da emissora, apesar de compreensível dada à oportunidade de faturar com a elevada audiência. Porém se esperava que, pelo menos, a Clube então sacasse os caracteres de "ao vivo" do canto do monitor. Seria o mínimo a se fazer em respeito ao seu público.


ps - a quem perdeu ou quer rever, o uol disponibiliza (para assinantes) todo o debate. A band só libera, por ora, as considerações finais. Se alguém souber de outro site que tenha o debate, por favor, comente.

ps2 - na pesquisa online, o site da band pergunta quem ganhou o debate. Nesta segunda à noite, estava 58% para Alckmin e 42% para Lula; lembrando aqui que a maioria dos brasileiros com acesso à internet já era eleitora do tucano.

Água!

Não, não é batalha naval. Mas deveria ser uma bela duma batalha. Ambiental. Pra continuar a questão da existência de estudos na cidade e região que pudessem melhorar a qualidade do ambiente vamos ficar atentos ao próximo dia 10, terça, quando expira o prazo da Prefeitura de Ribeirão Preto para aprovar integralmente o Plano Diretor do município. Coisa que está atrasada em mais de dois anos como já noticiou a Folha Ribeirão há quase um mês. É de se esperar que a imprensa local reestabeleça o interesse em evidenciar o assunto. A temática é recorrente mas banalizada de um tanto que só reescrevendo de tempo em tempo pra ver se, hora dessas, sentimos a coisa na pele. E, em se tratando mais especificamente de água, algo que se pode fazer é acompanhar também, através do Sistema de Informações para o Gerenciamento dos Recursos Hídricos do Estado de São Paulo.
Pra que muita água ainda corra por estas terras, vamos estimular as crianças e os adultos a visitarem a exposição que se inicia neste fim de semana, na Casa de Ciência Galileu Galilei, lá no Bosque Fábio Barreto: Água, uma viagem ao mundo do conhecimento. É um começo pra, quem sabe, evitar que em breves décadas, o calor desta cidade se torne insustentável devido a escassez dos aquíferos.
Para combinar com o tema, vai a trilha sonora e o desafio deste post, lembrando que neste jogo aqui, acertar é água!

Que lugar é este?




Water

You win the arguments you have
You want so badly to be right
But they just drift away
You're left there with nothing in your hands
While we tumble from the mountains where we were born
Born of sky and mountains we tumble from the rocks
Shifting coloured patterns in the brightness of the day

We're only made of water
The full moon gets us high
We can change our shape into anything
As often as we like

All our lives are liquid, there's nothing that is stone
The angles wash to curves and in the end we soak
into the hollows of the earth
And home we carry with us just a sense of where
we've been as we flow into one another - I've found you
and lost you and found you so many many times

And mischief and meaning and tricks of the mind
The spray and the mist and the falling of time

(Sullivan/Dean)

Fotos da Canastra

A Serra da Canastra --onde, entre outras, nasce o rio São Francisco-- fica razoavelmente perto de Ribeirão Preto, umas cinco horas de carro. Passei o feriado de 7 de setembro por lá e nem preciso dizer que vale muito a pena, pois as fotos abaixo o dirão por mim.


Entrada princial; placa by Freddy Flintstone


Nascente do Velho Chico


O próprio santo a guardar a nascente


Cerrado em flor


No caminho pra Casca D'Anta


Carcarás vigiando o chapadão atrás dum snack


Caretão no chapadão


Parque dos dinossauros: Casca D'anta ao longe


Casca D'Anta: 186 metros de queda


Irmão Sol sobre o Irmão Francisco


Tucano ao cair da tarde

Estorricante

Nesse calor inverossímil de hoje, pergunto: sempre foi assim?

Pergunto porque, pegando táxi outro dia na minirrodô, o taxista me disse que há 20 anos RP não era TÃO quente quanto hoje, que havia mais verde e tal, que havia menos queimadas (e que isso amenizaria a cousa), que ventava mais etc. Será que a lembrança dele é bela porque a nostalgia a faz assim ou antes era mesmo mais fresco?

Mas a pergunta que não quer calar é esta: alguém já chegou a realizar estudo ambiental aqui pra saber se existe algo a se fazer para aplacar esse calor dos diabos?