25.6.12

Algo "Anos 80" de peso pra valer, finalmente, em Ribeirão

Quem, de Ribeirão Preto, gosta um pouquinho de Metallica para saber algo mais que One ou Nothing Else Matters deve saber quem são Víper, que toca esta semana no Vila Dionísio, quinta-feira, 28, noite Heavy com quilates que há muito esses lados da Mogiana não presenciavam. E talvez, o que poucos saibam é que este Daniel Dystyler, do texto a seguir, postado de um blog de Eric Arcese, é um dos grandes responsáveis pela coisa toda rolar. Confira um panorama 'presente-futurista' bastante pertinente pra quem gosta muito e praqueles que nem gostam (tanto) de Metal.

(original extraído desta fonte)
Sobre a Eminente Explosão de Dados, Heavy Metal e a Revolução Necessária.
Uma explosão inacreditável de dados vai acontecer nos próximos anos.  Explosão digna da pirotecnica dos shows do Kiss.
As pessoas acham que essa explosão já aconteceu, mas o que vimos até agora não é nem a ponta do iceberg. Para se ter uma idéia, este ano pela primeira vez cruzamos a fronteira do Zetabyte, ou seja: Somando tudo que existe de “zeros” e “uns” no mundo, temos hoje 1,2 ZB de dados.
Explicar o que é um Zetabyte não é tarefa fácil. Uma forma de fazer isso é dizer que 1 Zetabyte é um trilhão de bilhões de bytes (ou um bilhão de trilhões. Dá na mesma). Outra forma, é escrever o número 1 seguido de 21 zeros. Seria algo assim: 1.000.000.000.000.000.000.000.
Mas nenhuma dessas explicações dá a dimensão exata pra nós, seres umanos, do que esse monte de zeros realmente significa então uma outra forma de explicar é imaginar colocar 1,2 Zetabyte em iPads. Seriam necessários 90 bilhões de iPads, tipo uns 14 iPads para cada ser humano vivo no planeta. Você consegue imaginar cada pessoa no mundo carregando 14 iPads lotados ? Ou quase 20 mil discos das suas bandas favoritas de Heavy Metal?
Isso é 1,2 ZB. E é isso que existe de dados hoje.
Mas isso não é o mais impressionante. Nem de longe.
O mais impressionante é que no nosso ritmo atual, em 2020 teremos 35 ZB de informação. Um crescimento de quase 30 vezes em 8 anos. Cada pessoa viva carregará mais de 400 iPads. Ou em termos de álbuns de Heavy Metal, mais de meio milhão de discos diferentes (acho que nem existem 500 mil discos diferentes de metal). Isso é o Iceberg, não só a ponta dele.
E cruzando essa informação com a certeza que o staff de TI, neste período, não crescerá nem 1,5 vezes, afinal não existe gente no mundo sendo formada a taxas maiores (iremos de cerca de 15 milhões de profissionais de TI para aproximadamente 22 milhões), a pergunta que não quer calar é:
Como iremos armazenar, gerenciar, distribuir e proteger essas informações?
Atualmente quase 80% dos gastos de TI são feitos apenas para manter as coisas funcionando e não para investir em coisas que realmente agreguem valor ao negócio. Isso acontece justamente porque manter o que já existe hoje é muito complexo. Tão complexo, que passa a ser quase impossível manter todas as coisas sem falhas de segurança. Para dar uma idéia, hoje existem 60 milhões de Malaware (Malicius Software, destinados a se infiltrar com o intuito de causar dano ou roubo de informações) dos quais 20 milhões, ou seja um terço, foram criados no ano passado.
E vai piorar. E muito. Manter a coisas funcionando vai ficar mais custoso ainda.
É necessária uma revolução. Uma nova arquitetura e novos produtos tem que ser desenvolvidos. Algo que quebre paradigmas, assim como foi “The New Wave Of British Heavy Metal” no começo dos anos 80 que revelou ao mundo bandas como Iron Maiden, Judas Priest, Saxon, entre muitas outras.
A nova arquitetura preparada para essa explosão de dados, já existe e tem como requisito básico algo simples, mas vital para sobreviver aos tempos que virão: Virtualizar ao máximo toda a infra de TI, incluindo servidores, storages e desktops. É a criação da Nuvem Interna (Internal Cloud).
Atualmente fala-se muito das nuvens, mas esse primeiro passo básico de criar a Nuvem Interna virtualizando toda a infra atual é fundamental pois além de preparar a empresa para a explosão de dados, vai também permitir que cada empresa escolha posteriormente quanto de seu negócio será jogado para as Nuvens Externas. Tenho certeza que isso vai variar muito de empresa para empresa. Algumas processarão tudo em sua Nuvem Interna enquanto outras processarão tudo em “public providers” de Nuvens Externas. E a maioria escolherá possivelmente um modelo híbrido usufruindo o que as Nuvens (Interna e Externa) oferecem de melhor.
Em relação aos novos produtos a serem desenvolvidos, muitos já estão aí disponíveis: Soluções de desduplicação de dados, perimitindo que os tempos de backup fiquem dentro das janelas disponíveis apesar dessa explosão insana de dados; Soluções que enderecem de uma nova forma o tamanho dos File Systems para limites nunca antes imaginados; Soluções que permitam passar parte ou todo o processamento de uma Nuvem para outra, de forma transparente para os usuários.
No Brasil, se por um lado, o volume de dados nas empresas não é tão gigantesco como nos EUA, temos o agravante de estarmos em fases mais embrionárias da adoção das Nuvens Internas. Muitas empresas já iniciaram o processo de virtualização de seus servidores e storages mas ainda um pequeno percentual foi colocado em arquitetura de nuvem interna. Cerca de 30% na média do país. Uma longa jornada ainda nos aguarda e o momento é agora.
O Iron Maiden, já dizia em 1982 “Corram Pras Montanhas” (Run To The Hills). Acho que somente correr para as montanhas já não é mais suficiente em face do dilúvio de dados que vem aí e vai inundar tudo. É melhor subir mais. Até as nuvens!
For more information on all things Metal in Latin America check out Daniel’s blog.
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