1.11.06

Hell All-in Day After

Ontem foi um longo dia para quem se dispôs a encarar a irresponsável e bagunçada venda de ingressos para o show de Chico Buarque. Será lá no mesmo Dão Pedrão em que o Carioca já fez o show Cidades, no final do século passado, o mesmo "theatro", o mesmo povo. Só que àquela ocasião, a corrida por um bilhete foi aparentemente tranqüila. Nada que lembrasse a verdadeira caça às bruxas que foi guardar a própria integridade, vigiar seu lugar e perseguir quem ameaçasse tomar o direito de garantir uma vaga à aquisição das entradas para a tal apresentação. A situação era previsível desde as primeiras horas da manhã, mas a despreparada organização pareceu aproveitar a data de Halloween pra travessuras típicas das atitutes mais pueris. Daí, veio a deixa pra muito do que se passou num cenário preparado para confusão, foi a Terça Insana de fato. Senão, como qualificar a incompetência que é necessitar de mais de 12 horas para se vender cerca de mil e oitocentos ingressos? Teve um pouco de tudo e o todo se resume à lentidão sistêmica. Saber quando, quantos, quem, era uma grande aposta. Afinal, eram mais de 11 da noite quando resolveu-se que a bilheteria fecharia e quem conseguisse uma senha, deveria retornar no dia seguinte para mais fila, mais perigrinação, mais incertezas, na expectativa de assistir daqui a um mês, algo que sabidamente nunca seria paratodos, mas que esperava-se na abertura dos guichês, com menos do jeitinho tão típico brasileiro da relevância de levar vantagem em tudo. Essa foi a essência do episódio, contar certas cenas presenciadas durante a fila, diálogos produzidos, lances a se destacar, é de uma experiência antropológica. Detalhes que virão com o desfecho, imagina-se ainda hoje, quando vai se saber que fim levará a venda de ingressos tida já como a mais vagarosa do gênero na história do showbizz.
(to be continued)

ps: A propósito, este post veio mesmo é encerrar outra coisa: a constatação de que ninguém aqui no ribeirãopontoorg, além do autor deste, está interessado em pormenores decorativosconstrutivos do Pingüim lá do Quarteirão Paulista.
E que, realmente somos impopulares, ninguém diante do botequim por horas, ontem, sem muito mais o que observar, além da aglomeração superhumana em função da busca por entretenimento, já visitou e deu alguma atenção ao nosso endereço. Pois que, haveria tempo de sobra pra perceber que as fotos já publicadas aqui fazem referência ao lugar. Ninguém quis arriscar, paciência, o cdzinho de brinde tá sobrando.
E o chopp hoje, com os tíquetes na mão, tá garantido! Beber até morrer, beber e não querer saber, esta é a opção.

2 Comments:

Blogger Adriano Quadrado said...

dureza, parceiro.

20:33  
Blogger Adriano Quadrado said...

mas legal a matéria do Régis, era tipo isso o que eu dizia que deveriam fazer.

20:39  

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